O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta quarta-feira (5) em pronunciamento no plenário da Casa que não vai deixar a presidência do Senado. Segundo Sarney, as denúncias contra ele são uma “campanha” para tentar desestabilizá-lo.
Ele afirmou que continuará no cargo porque foi eleito para presidir a Casa e que nenhum senador poderá ordenar que saia. “Permaneço pelo Senado, para que saiba que me fez presidente para cumprir meu mandato.” Disse estar tomando todas as medidas administrativas necessárias para melhorar o funcionamento da Casa.
“Avaliei que as críticas que me fizeram eram só rescaldo da eleição, mas eram mais profundas, faziam parte de um projeto político e de uma campanha para desestabilizar-me”, disse Sarney.
“Hoje não se fala mais em crise administrativa do Senado, ela sumiu. Toda a mídia e alguns senadores a atribuem a mim. Não dizem o que fiz de errado ou porque devo receber punição”, disse Sarney.
Ele destacou seu apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse que seu maior compromisso é com a Casa. “Tenho posição política de apoio ao presidente Lula. Meu dever é para com o Senado."
Sarney destacou ter sido sempre um homem “pacífico” e elencou fatos de sua biografia. Ele mencionou seu protesto contra a cassação de deputados durante a ditadura militar e contra o Ato Institucional 5 (AI-5), que restringiu liberdades.
Sobre as acusações feitas contra ele no Conselho de Ética, Sarney destacou que todas são baseadas em "denúncias de jornal". Ele nega que qualquer uma delas comprove fato ilícito
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